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Intolerância Espiritual

  • Foto do escritor: Claudio Moura Neto
    Claudio Moura Neto
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

A intolerância espiritual como ignorância


A intolerância espiritual não nasce do outro, mas de dentro de nós. Ele surge quando acreditamos estar separados da criação, como se fôssemos “um contra o mundo”. Essa ignorância gera medo, e do medo brota o ódio. É como se o coração perdesse a visão da sua verdadeira unidade com tudo.



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A história dos dez meninos


Dizem os Vedas que dez meninos atravessaram um rio. Chegando na outra margem, um deles quis conferir se todos estavam bem. Ele contou um por um, mas esqueceu de contar a si mesmo.

“Um, dois, três… nove!”, concluiu.

Assustado, chamou os outros:

— Estamos em apuros! Éramos dez, mas só sobraram nove!


Cada menino, ao contar, esquecia-se de si mesmo. Todos entraram em desespero, chorando pela “perda” de um companheiro. Até que um sábio que passava por ali sorriu, reuniu-os, e disse:

— Não falta ninguém. Cada um de vocês está esquecendo de incluir a si mesmo. Olhem: um, dois, três… nove… e o décimo é você!


De repente, a ignorância se dissipou e a alegria voltou.



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A aplicação espiritual


Assim também é o ódio. Quando esquecemos que somos parte da criação, contamos apenas os “outros” e nunca nos incluímos na unidade da vida. Então surge a ilusão da separação — e dela nasce o ódio, a inveja, a competição.


O sábio da história representa a consciência espiritual que nos lembra:

— Você também é parte. Não há separação.


Quando vemos a nós mesmos dentro da totalidade, a intolerância espiritual se dissolve, como o choro dos meninos se transformou em riso.



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Para levar no coração


A intolerância espiritual é fruto do esquecimento de que somos um com a criação.


A lembrança da unidade cura o medo e transforma a ignorância em alegria.


Assim como os meninos reencontraram o décimo, precisamos reencontrar em nós mesmos o elo com o Todo.

 
 
 

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