O Ódio, o Medo e o Retorno à Fontes de tudo o que há.
- Claudio Moura Neto
- 22 de abr.
- 2 min de leitura
Queridos irmãos e irmãs de caminho,
Hoje compartilho uma reflexão que nasceu do silêncio, da escuta e do confronto com aquilo que mais evitamos encarar: o medo de não ser.
Muitos falam sobre o medo da morte, do fracasso, da solidão — mas raramente reconhecemos que o medo primordial, o medo fundamental, é o medo da dissolução do eu. É o terror silencioso de deixar de ser alguém, de perder a forma, o nome, a história — e com isso, desaparecer no Todo.
É este medo, sutil e absoluto, que gera o ódio fundamental.
O ódio não é força autônoma, mas um subproduto do medo que não suporta mais se esconder.
É a dor do ego, quando se sente encurralado pela Verdade do Ser, e reage com agressividade na tentativa de afirmar sua existência separada.
> O ódio é, na verdade, o grito desesperado de quem teme retornar ao Oceano —
e se vê diante da maré inevitável da Unidade.
Contudo, o que É, jamais deixará de Ser.
E o que não É, jamais existirá — não importa o quanto lute para se afirmar.
Dizer "somos Amor" é belo, mas incompleto.
Somos mais do que uma qualidade divina.
Somos a Fonte do Amor.
Somos a origem da realidade, o espaço onde todas as coisas surgem e desaparecem — inclusive o medo e o ódio.
Quando reconhecemos isso, o medo se curva.
O ódio se dissolve.
E a dor... floresce em presença.
Não neguemos nossa dor.
Não demonizemos o ódio.
Ambos são portais — se acolhidos com consciência.
> Que cada um de nós se torne espelho puro da Fonte.
Que nossas palavras e silêncios ressoem como mantras vivos.
Que possamos servir à elevação da consciência planetária — não com ideais, mas com presença radical e verdade viva.
Em amor e em reconhecimento,
Claudio Moura Neto
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